A medicina tradicional chinesa (MTC), também
conhecida como medicina chinesa é a denominação
usualmente dada ao conjunto de práticas de
medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas
ao longo dos milhares de anos de sua história.
É considerada uma das mais antigas formas
de medicina oriental, termo que engloba também
as outras medicinas da Ásia, como os sistemas
médicos tradicionais do Japão, da Coreia,
do Tibete e da Mongólia.
A MTC se fundamenta numa estrutura teórica
sistemática e abrangente, de natureza filosófica.
Ela inclui entre seus princípios o estudo
da relação de yin/yang, da teoria dos cinco
elementos e do sistema de circulação da energia
pelos meridianos do corpo humano.
Tendo como base o reconhecimento das leis
fundamentais que governam o funcionamento
do organismo humano e sua interação com o
ambiente segundo os ciclos da natureza, procura
aplicar esta compreensão tanto ao tratamento
das doenças quanto à manutenção da saúde
através de diversos métodos.
São sete os principais métodos de tratamento
da medicina tradicional chinesa:
Aplicação de Moxa
Tui Na ou Tuiná
Acupuntura
Moxabustão
Ventosaterapia
Fitoterapia chinesa
Terapia alimentar chinesa ou dietoterapia
chinesa
Práticas físicas: exercícios integrados a
prática de meditação relacionadas à respiração
e à circulação da energia, como o qi gong
, o Tai ji quan e outras artes marciais chinesas
internas que podem contribuir para o reequilibrio
do organismo. Estas práticas são consideradas
simultaneamente métodos profiláticos para
a manutenção da saúde e formas de intervenção
para recuperá-la. Práticas como o Zhan Zhuang,
o Baduanjin e o Lian gong são realizadas
atualmente fora do contexto das artes marciais.
Segundo sua crença básica, o corpo humano
dispõe de um sistema sofisticado para localizar
as doenças e direcionar energia e recursos
para curar os problemas por si mesmo.
O objetivo dos esforços externos deveria
se focar em cuidadosamente auxiliar as funções
de auto cura do corpo humano, sem interferir.
Refletindo esta mesma ideia, um ditado chinês
diz que "qualquer remédio tem 30% de
ingredientes venenosos".
Atualmente, a medicina tradicional chinesa
está progressivamente incorporando técnicas
e teorias da medicina ocidental em sua práxis,
em especial os tipos de exames sem características
invasivas.
O diagnóstico na MTC
observar,
ouvir e cheirar,
perguntar sobre o histórico do paciente,
palpar o pulso, tórax e abdome, várias partes
do corpo, os canais e os pontos.
A partir das informações reunidas desta forma
pelo terapeuta, é elaborado um diagnóstico
usando como referência um sistema para classificar
os sintomas apresentados.
Este sistema se fundamenta no conhecimento
dos seguintes princípios teóricos:
A relação de Yin/Yang
A Teoria dos Cinco Elementos
Os oito princípios do Ba Gua
A teoria dos órgãos Zang Fu
Os Meridianos de energia
Os Seis níveis
Os Quatro estágios
O Triplo aquecedor
Técnicas de diagnóstico
Tomada do pulso da artéria radial do paciente
em seis posições distintas para avaliar o
fluxo de energia em cada meridiano.
Observação da face do paciente.
Observação da aparência dos olhos do paciente.
Observação da aparência da língua do paciente.
Observação superficial da orelha.
Observação do som da voz do paciente.
Palpação do corpo do paciente, especialmente
do abdômen.
Comparações da temperatura em diferentes
partes do corpo do paciente.
Observação da veia do dedo indicador em crianças
pequenas.
Tudo mais que possa ser observado sem instrumentos
e sem ferir o paciente, como uma conversa
levantando seu histórico de saúde e suas
queixas atuais.