A Naturopatia conhecida por Medicina Natural,
Medicina Doce ou Medicina Biológica é um
sistema de cura e de profilaxia baseados
no princípio de Hipócrates «Primum Non Nocere»
... Portanto, todas as terapêuticas não ortodoxas
são designadas por medicinas complementares
ou não convencionais, e estão a ser encaradas
cada vez mais, como abordagem complementar
à cura, funcionando paralelamente aos serviços
de saúde oficiais.
«A saúde é o mais precioso bem», dizem as
Sagradas Escrituras. Se imaginarmos que esta
afirmação remonta a um tempo onde os remédios
e os medicamentos tais como os concebemos
hoje não existiam, e a única possibilidade
de cura assentava essencialmente sobre substâncias
de origem vegetal e em algumas terapêuticas
tidas como excêntricas, daí a importância
que os nossos antepassados davam a esses
métodos naturais de tratamento.
Depois de se ter afastado da natureza buscando na artificialidade da alopatia o remédio eficaz, o homem começa, então a revalorizar, redescobrindo as antigas terapêuticas medicinais, conservadas pela tradição nos meios rurais. Mas parece absurdo nos nossos dias abrir-se espaços aos nossos remédios naturais, onde as disciplinas científicas se afirmam de forma imperativa, como se não fosse possível encontrar na pluralidade dos Medicamentos Químico Farmacêuticos tudo o que necessitamos para proteger a nossa saúde.
Porém, a convicção na sociedade actual de que as Terapêuticas Alternativas, não químicas, agem no organismo de modo mais doce e natural que as substâncias sintéticas, é sem dúvida justificada, levando hoje a uma grande procura pelos seus efeitos positivos. A naturopatia está a fazer um esforço no sentido de redimensionar essa tendência mundial de retorno à natureza, popularizando métodos que apesar de serem de fácil aplicação e muito acessíveis são hoje pouco conhecidos, especialmente nas sociedades urbanas.
A pesquisa de novos processos de tratar as doenças, que não dependem de drogas fortes, nem de outras intervenções drásticas como cirurgia, tem levado ao surgimento de novas terapêuticas complementares.
Todos concordam que a Medicina dita «científica»
que domina no Mundo Ocidental está em crise.
Em grande parte é uma crise multi-dimensional,
que é ampla e abrange todos os sectores da
nossa vida: da inflação à poluição à onda
sem precedentes de violência e crimes, do
desemprego ao urbanismo desenfreado, da fome
à miséria crescente. Mas as dificuldades
da medicina convencional e da assistência
médica tem também outras raízes. A prática
médica ainda se baseia no pensamento mecanicista
de Descartes que definiu Corpo e Mente como
duas identidades separadas uma da outra pois
ele afirmava «matéria e mente são duas substâncias
distintas, que não podem influenciar-se uma
à outra, porque existem em realidades diferentes».
Estabeleceu o dualismo mente-máteria.
A esta Teoria dualista de Descartes, que
fundamentou o Método Científico, só interessava
o corpo, tido como único objecto de estudo
científico. Esta nova visão do ser humano
rompeu com 1500 anos em que o pensamento
Hipocrático dominava no Mundo Ocidental,
que considerava o organismo humano como um
sistema vivo com componentes interligados
e parte de sistemas ainda maiores, em interacção
contínua era o seu meio ambiente, Físico,
Social e Espiritual. Para Hipócrates, a Medicina
era concebida como um todo, ele fazia o que
chamamos hoje uma abordagem integral ou Holística,
isto é, estudava o corpo na totalidade, e
não apenas a parte lesionada.
Com esta mudança dita «científica» rompeu-se
com a tradição Hipocrática, segundo a qual
a doença era uma violação total de pessoa
humana, e a Saúde era a restituição dessa
integridade.
A Naturopatia vitalista, ortodoxa ou clássica
assenta em bases sólidas e mais que comprovadas
pela prática de já milhares de anos ao serviço
da saúde de milhões de pessoas.